domingo, 5 de fevereiro de 2012

A arte de narrar - Literatura infantil e Juvenil


Iniciando as atividades do projeto "A arte de narrar", promovido pela Seccional Pernambuco da União Brasileira de Escritores (UBE/PE), no ano de 2012, no próximo sábado (11 de fevereiro), proferirei descontraída palestra, seguida de bate-papo com os presentes, sobre a narrativa para o público infantojuvenil. Suas origens, histórico, algumas curiosidades, o que me inspira a criar e o processo de criação para este público.

As sessões do projeto, coordenado pela escritora Hercy Souza e pelo Prof. Neilton Limeira, têm lugar na Livraria Jaqueira, sempre às 11 horas. Neste mesmo dia, também estará presente o escritor Marcelo Oliveira que, na ocasião, falará sobre a importância da Histórias em Quadrinhos para a formação do hábito de ler.

Chegaremos todos um pouco antes do horário marcado, para aproveitarmos um bom café e mais algum papo. Sintam-se mais que bem vindos e estejam à vontade para convidar outros interessados nas temáticas do evento.

Cordial abraço a todos e até lá, Tonton.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os Direitos Inalienáveis do Autor




OS DIREITOS INALIENÁVEIS DO AUTOR

(Angela Leite de Souza)

Não foi à toa que muita gente ficou apreensiva quando surgiram os primeiros livros digitais baixáveis por qualquer um que dispusesse de um computador ou outro “gadget” similar. Em pouquíssimo tempo, o que era uma coisa do outro mundo tornou-se quase banal para quem está mais ou menos familiarizado com a internet e as múltiplas formas de acessá-la. Porém, como toda evolução muito rápida, esta atropelou de certo modo a respectiva regulação jurídica. Trocando em miúdos: é fácil e relativamente barato ler um e.book, mas não é simples resguardar os direitos de seus autores.
Se nos países que saíram na frente ainda não se encontrou a melhor solução, no Brasil o assunto é apenas uma parte de problemas legais mais amplos. É que, diante da nova realidade, o Ministério da Cultura entendeu de reformular a lei de direitos autorais existente. A pretexto de democratizar o acesso aos bens culturais, gastaram-se R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) na elaboração de um anteprojeto de lei que acabou se tornando o tema de uma polêmica nacional.
O texto foi aberto para consulta pública no site do MinC, no final do ano passado. E continha, entre outras excrescências, um artigo cujo parágrafo único chocou de modo particular os autores (escritores, ilustradores, músicos) pelo país afora. Eis a “pérola”:
“(Art.46)...
Parágrafo único - Além dos casos previstos expressamente neste artigo, também não constitui ofensa aos direitos autorais a reprodução, distribuição e comunicação ao público de obras protegidas, dispensando-se, inclusive, a prévia e expressa autorização do titular e a necessidade de remuneração por parte de quem as utiliza (os grifos são meus), quando essa utilização for:
I - para fins educacionais, didáticos, informativos, de pesquisa ou para uso como recurso criativo; e
II - feita na medida justificada para o fim a se atingir, sem prejudicar a exploração normal da obra utilizada e nem causar prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores.”
Descontadas a imprecisão e a dubiedade, tratava-se da simples usurpação de um direito que está gravado, inclusive, na Constituição da República, como cláusula pétrea. E é lógico que a repercussão foi forte e imediata: choveram críticas, sugestões, opiniões no site do Ministério. Não se sabe o quanto desse material foi aproveitado, pois o anteprojeto seguiu diretamente para a Câmara e só deveria ser divulgado em abril próximo, depois de votado. Porém, a nova ministra da Cultura, Ana de Hollanda, determinou que fosse devolvido a sua Pasta, para reexame – medida duramente criticada por aqueles que parecem não ter a mínimo conhecimento da realidade de um autor.
Como qualquer outro profissional, ele tenta viver dignamente de seu trabalho, que é diário e árduo. Para fazê-lo com qualidade, prepara-se anos a fio, quer estudando, pesquisando, informando-se, quer na prática cotidiana. Corre atrás de editoras para apresentar seus projetos, investe tempo e dinheiro numa contínua batalha para fazer seu nome e obter seu espaço no mercado. No caso dos escritores, por exemplo, depois de publicado o livro, o autor ainda irá fazer um trabalho paralelo de divulgação, dando oficinas, proferindo palestras, visitando escolas, frequentando bienais, participando de feiras, mesas-redondas, seminários...para ter seu lugar ao sol. Enfim, seja ele autor de textos ou imagens, acomodação é uma palavra que esse profissional não conhece. Mesmo porque, o que ele aufere da venda são apenas (de modo geral) 10%. No caso dos ilustradores, quando se concede esse tipo de participação, o máximo que obtêm são 5% e, mesmo assim, normalmente retirados da porcentagem do escritor. Quanto aos compositores, é mais que sabida sua luta para garantir a percepção de seus direitos autorais no Brasil, situação agravada quando a facilidade de baixar músicas na internet (leia-se pirataria) praticamente reduziu seus horizontes financeiros a shows e turnês.
São todos esses criadores os responsáveis por uma cultura tão rica quanto heterogênea. Buscam, tanto quanto possível, viver somente de suas criações. E têm de ser protegidos por uma legislação justa, que não lhes retire o direito que faz deles profissionais, mas mantenha os “ônus” na conta dos que detêm a parte maior do bolo. Tomara que a nossa nova ministra da Cultura tenha determinação e vontade política bastante para, como ela mesma já declarou em entrevista, garantir os direitos trabalhistas da classe.

Website: http://www.caleidoscopio.art.br/angelaleite
E-mail: angelaleitedesouza@yahoo.com.br

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Antologia de contos brasileiros


Como toda antologia, serve bem ao propósito de apresentar um conjunto de estilos de narrativas, de percepções e relatos de distintas épocas (no caso os autores não são contemporâneos). É uma edição simples, orientada ao público escolar, contando com um pequeno guia para estudos. De preço bastante acessível, traz excelentes autores nacionais representativos de épocas distintas de nossa literatura, desde Clarice Lispector, passando por Machado de Assis a Carlos Drummond de Andrade e Lima Barreto. Vale a pena como material de iniciação para a leitura de contos.


SALES, Herberto (org). Antologia de contos brasileiros. 2 ed. São Paulo: Ediouro, 2007. p. 173.

Os melhores contos de Faroeste



Traz ainda listas com os cem melhores romances e contos de faroeste, na opinião do editor. Alguns bem conhecidos, outros nem tanto. Vale a pena explorar!


LEWIS, Jon E. (editor). Os melhores contos de faroeste: uma antologia de histórias clássicas da fronteira americana. Rio de Janeiro: José Olympio, 2004. p. 374.

Bola de sebo e outros contos



MAUPASANT, Guy de. Bola e sebo e outros contos. Rio de Janeiro: Globo, 1987. p. 322.

Novos contos da montanha



Escritor português, que viveu alguns anos no Brasil, ainda desconhecido do público nacional, é festejado por ninguém nada menos que Jorge Amado que, nas orelhas deste livro, diz ser uma injustiça Adolfo Rocha (de pseudônimo Miguel Torga) ter falecido (1907-1995) sem ter recebido o prêmio Nobel de Literatura. Ali também constam referências a elogios de José Saramago a este autor, a quem J. A. atribui a condição de contista insuperável. Seus contos, cheios de alusões à sua terra natal, são repletos de sensibilidade e de uma visão bem peculiar da condição humana, em especial, de uma época e lugar.


TORGA, Miguel. Novos contos da montanha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. p. 245.

Contos completos


Primorosa edição dos contos de Virgínia Wollf, controvertida escritora inglesa (1882-1941). Amada por uns e detestada por outros (aliás, como todos nós - uns mais, outros menos).


WOOLF, Virginia. Contos completos. 2 ed. São Paulo: COsac Naif, 2005.